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Memórias que me constituem

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Cresci em uma rua tranquila, onde as crianças se reuniam para brincar durante longos  períodos e, muitas vezes, sem a supervisão dos pais. Brincávamos de queimada, mãe da rua, passa anel, pulávamos corda, andávamos de bicicleta e inventávamos inúmeras  aventuras. Nos machucávamos à beça! Sempre havia um pé torcido, um arranhão ou  um joelho ralado, que temia horrivelmente a hora do banho.  Apesar das muitas escoriações, uns cuidavam dos outros e, juntos, nos divertíamos,  sofríamos, brigávamos e aprendíamos. Nossos pais não interviam tanto, é claro que ouviam nossas reclamações e resmungos, mas não tomavam a frente para resolver os nossos problemas. E assim, aos poucos, dia após dia, descobríamos o doce e o amargo da vida de uma forma lúdica, prazerosa, com olhos de criança!  Apesar de estar constantemente na rua, em muitos momentos fui uma criança solitária. Meus irmãos, 7 e 5 anos mais velhos, não brincavam tanto comigo, e eu me recordo de brincar muito sozinha até altas horas da noi